segunda-feira, 15 de setembro de 2008

CAPOEIRA E MACULELÊ


Capoeira

&

Maculelê



HISTÓRICO:A história da Capoeira confunde-se com a própria história do Brasil, pois é nela que vamos encontrar as primeiras manifestações. A Capoeira surgiu do negro cativo buscando sua identificação cultural frente ao sistema da escravidão em um ambiente adverso à sua aceitação junto à sociedade dominante. Há sessenta anos a capoeira ainda era considerada ilegal, reprimida pela polícia. Essa situação gerou um ambiente propício ao desenvolvimento da sua versatilidade. A Capoeira surgiu no Brasil no século XVI, com a vinda dos negros que aqui eram usados como escravos. Em ânsia de liberdade os negros criaram a capoeira, luta que supria a falta de força, compensando a má alimentação, numa demonstração de destreza e agilidade corporal. Então misturavam instrumentos musicais, dança e luta, tudo ao mesmo tempo, enganando seus Senhores de Engenho. Os negros quando fugiam, iam para as matas de onde originou-se o nome Capoeira, que em tupi-guarani significa MATO RALO. O Quilombo de Palmares, localizada na serra da Barriga, no Estado Alagoas. No Quilombo todas as crianças após os 10 anos, tinha o seu início na Capoeira. A Capoeira sofreu repressão por grande parte das autoridades policiais devido aos mau caráter e chegou a ser proibida em 1839 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, e resistindo ao sistema até a sua legalização.A Capoeira é brincadeira, é um jeito de lutar jogando, rindo, dissimulando. Tem evoluído nos últimos cinqüenta anos, saiu das sendas da marginalidade e passou a ser praticada em academias, clubes e sua presença, obrigatória em espetáculos diversos.Tratando-se de uma cultura popular, a transmissão de conhecimentos de geração em geração vem ocorrendo de forma verbal e através da própria realização da arte. Sua expressão popular faz parte do vasto e rico legado da cultura brasileira e contém elementos de educação, arte, luta, esporte, terapia, assim como dança, lazer, folclore, história, ginástica, etc. A arte na Capoeira se faz presente através da música, do ritmo, do canto, da expressão corporal, da criatividade de movimentos e da presença cênica. A luta representa sua origem e sobrevivência através dos tempos na sua forma mais natural, como um instrumento de defesa pessoal genuinamente brasileiro, e uma estratégia de resistência ao aniquilamento de uma cultura. Como modalidade esportiva, ela possui elementos que se identificam culturalmente com seus praticantes, despertando o interesse da comunidade em geral. A sua prática, como forma de lazer e recreação, representa eventos conhecidos na comunidade como "rodas de capoeira", sendo evidente os seus efeitos terapêuticos em termos educacionais, ocupacionais e de reabilitação.O fim do regime escravocrata não significou a aceitação imediata da comunidade negra na vida social. Ao contrário, vários aspectos da cultura afro-brasileira sofreram violenta repressão, como a capoeira. O caso da capoeira é o mais evidente: essa forma de rebeldia, que já havia sido utilizada como arma na luta de inúmeras fugas durante a escravidão, tornou-se um símbolo de resistência do negro a dominação. Assim o governo republicano, instaurado em 1889, deu continuidade a essa política e associou diretamente a capoeira a criminalidade, como consta no decreto 847 de 11 de outubro de 1890 com o titulo " Dos Vadios a Capoeiras". Artigo 402 - Fazer nas ruas os praças públicas exercícios de destreza corporal conhecido pela denominação de capoeiragem: pena de 2 a 6 meses de reclusão.Parágrafo Único : É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta. Aos Chefes, ou cabeças, impor-se-á a pena em dobro.Passou o tempo e a capoeira é praticada hoje não só nas ruas, mas nas academias e escolas.





Instrumentos Musicais da Capoeira:





O berimbau é o instrumento que comanda a roda da capoeira . Ele é um instrumento de uma só corda composto por uma verga de madeira (Biriba) , um arame , uma cabaça , um caxixi (chocalho artesanal) , uma vaqueta e para emitir seus sons é utilizado uma pedra ou dobrão (moeda de cobre) . Normalmente são utilizados três berimbaus simultâneos na roda , um gunga ou berra-boi , um médio e um viola que possuem sons que vão tornando-se mais agudos gradativamente . O que dá diferentes nomes aos berimbaus é a diferença no tamanho de suas cabaças sendo que o viola possui a menor cabaça e o gunga a maior cabaça . Portanto a definição do tipo do berimbau que está sendo tocado depende diretamente dos outros berimbaus presentes na roda . O berimbau varia suas notas musicais através de uma maior ou menor pressão do dobrão no arame e de se encostar ou não a cabaça na barriga do tocador . O berimbau é segurado com o dedo mínimo por debaixo do barbante que prende a cabaça ao arame pela mão esquerda . O dobrão fica entre o polegar e o indicador desta mesma mão . Com a mão direita o tocador deve segurar o caxixi e e bater ritmicamente com a vaqueta contra o arame .




Cabaças : Fechada; Gunga ou Berra-Boi; Média; Viola

Arame(Aço), caxixi, vaqueta e dobrão

Atabaque:Instrumento muito antigo de origem oriental, presente entre os Persas e os Árabes e muito divulgado posteriormente na África.Chegou ao Brasil introduzido pelos Portugueses para ser usado em festas e procissões de origem religiosas a princípio. Devido aos africanos já o conhecerem com o tempo outros tipos foram trazidos para nosso país chegando aos terreiros e posteriormente tornando-se um dos componentes do ritmo da roda de capoeira. É o principal instrumento de percussão da roda marcando o ritmo e facilitando a sincronia entre os três berimbaus.
Pandeiro:Utilizado na velha Índia e Península Ibérica na idade média em festas de bodas, casamentos e outras cerimônias religiosas. Foi introduzido no Brasil também pelos portugueses e utilizado posteriormente em rodas de samba e pelos negros na roda de capoeira, sendo um instrumento de percussão geralmente mais agudo que o atabaque.
Agogô:Foi introduzido no Brasil pelos africanos, sendo o termo agogô pertencente a língua nagô e significando "sino". É utilizado em folguedos populares, cerimônias religiosas Afro-Brasileiras e na capoeira. É um instrumento de ferro tocado com auxílio de uma vaqueta sendo hoje em dia o instrumento de percussão mais agudo da roda de capoeira, samba de roda e maculelê.

Capoeira Angola

É uma manifestação primitiva que nasceu da necessidade de libertação de um povo escravizado, oprimido, sofrido e revoltado. Podemos considerá-la a mãe da Capoeira Regional.A Capoeira Angola é luta, dança e jogo lúdico que envolve estilo, presença de espírito, flexibilidade e muita estratégia. É nela que o capoeirista tece movimentos que envolvem espiritualidade e disciplina mental e física. É a arte e filosofia em um único jogo.
A Angola é muito rítmica e ritualista e como muitas outras tradições africanas é oralmente transmitida de mestre para discípulo. Foi utilizada pelos escravos africanos para combater o poder de opressão do colonizador. Tem sua origem no N'golo uma tradição Banto que era relativamente pacífica.A roda de Angola se forma com 3 berimbaus, 2 pandeiros e 1 atabaque, onde normalmente todos os componentes do ritmo, com exceção do atabaque, são tocados sentados, podendo ainda serem usados o agogô e o reco-reco. A tradição nos mostra que os angoleiros costumam jogar calçados, com calça preta e camisa amarela sendo que muitos mestres se vestem todo de branco.Como nomes importante no mundo da capoeira Angola podemos citar Mestres Pastinha, Traíra, Cobra Verde, João Grande, Cobra Mansa, Angolinha, Moraes, Curió, João Pequeno, Gigante, Boca Rica, Aberrê, entre outros.


Maculelê

Muito comum no Interior da Bahia, precisamente na Região do Recôncavo e muito difundido na Cidade Santo Amaro da Purificação, o Maculelê, dentro das celebrações profanas locais, comemorativas do dia de Nossa Senhora da Purificação (2/Fev.), a santa padroeira da cidade.
Essa manifestação de forte expressão dramática, ponto alto dos folguedos populares, destinava-se a participantes do sexo masculino que dançavam em grupo, batendo as grimas (bastões) ao ritmo dos atabaques e ao som de cânticos em linguagem popular, ou em dialetos africanos. Dentre todos os folguedos existentes em Santo Amaro, cidade marcada pelo verde dos canaviais, o Maculelê era o mais rico em cores. Seu ritmo vibrante contagiava a todos.
São contraditórias e pouco esclarecidas suas origens. Tem-se como um ato popular de origem africana que teria florescido no século XVIII nos canaviais santo-amarense e que se integra, há mais de duzentos anos, nas comemorações daquela cidade.
Um dos seus registros mais significativos consta na nota fúnebre publicada pelo jornal "O Popular" (10/Dez/1873), que circulava em Santo Amaro: "Faleceu no dia primeiro de dezembro a africana Raimunda Quitéria, com a idade de 110 anos. Apesar da idade, ainda capinava e varia o adro (terreno em volta) da igreja da Purificação, para as folias do Maculelê. No início deste século, com a morte dos grandes mestres de Maculelê daquela cidade, o folguedo começou a desaparecer, deixando de constar, por muitos anos, das festas da padroeira.
Em 1943, outro mestre, Paulino Aluísio de Andrade, conhecido como Popó do Maculelê e considerado como "pai do Maculelê, no Brasil", reuniu parentes e amigos para ensiná-los a dançar, com base nas suas lembranças, pretendendo inclui-lo novamente nos festejos religiosas locais. Seu grupo passou a ser conhecido como "Conjunto de Maculelê de Santo Amaro".
Entretanto, é através dos estudos de Monoel Querino (1851-1932) que se encontram indicações de tratar-se o Maculelê de um fragmento do Cucumbi, uma dança dramática em que os negros batiam pedaços roliços de madeira, acompanhados de cantos. Em seu "Dicionário do Folclore Brasileiro", Luís da Câmara Cascudo aponta a semelhança do Maculelê com os Congos e Maçambiques. Emília Biancardi escreveu um livro de título "Olelê Maculelê", considerado como um dos estudos mais completos sobre o assunto. Como a intenção aqui não é arrolar todas as hipóteses levantadas sobre as origens dessa dança folclórica, os exemplos acima citados já servem para demonstrar o grau de incerteza que persiste com relação às possíveis interpretações sobre os primórdios do Maculelê.
O Maculelê vem sofrendo profundas alterações em sua coreografia e indumentária, cujo resultado reverte em uma descaracterização. Exemplo: o que era originalmente apresentado como uma dança coreografada em círculo, com uma dupla de figurantes movimentando-se no seu interior sob o comando do mestre do Maculelê, foi substituído por uma entrada em fila indiana com as duplas dançando isoladamente e não tendo mais o comando do mestre. O gingado quebrado, voltado para o frevo, foi substituído por uma ginga dura, de pouco molejo. Mais recentemente, faz-se a apresentação sem a entrada em fila. Cada figurante posta-se isoladamente, sem compor os pares, e realiza movimentos em separado, mais nos moldes de uma aula comum de ginástica do que de uma apresentação folclórica requintada. Deve-se reconhecer que não só o Maculelê mais por todas as demais manifestações populares vivas ficam sempre muito expostas a modificações ao longo do tempo e com o passar dos anos.
Assim aconteceu no Rio de Janeiro com o Maculelê original, vindo da Bahia: sofreu alterações. Entendo que todas essas modificações devam ficar registradas, para permitir que os pesquisadores, no futuro, possam estudar as transformações sofridas e também para orientar melhor aqueles que vieram a praticar esse folguedo popular, de extrema riqueza plástica, rítmica e musical, que é o Maculelê.

CURURU

Dança Cururu

HISTÓRICO: Segundo alguns pesquisadores,o Cururu é uma dança de origem tupi-guarani ,cujo função era ritualística (dança sagrada ),já outros pesquisadores a classificam como uma dança de influências em comunhão do misticismo feiticista ameríndio e os ofícios dos jesuítas sendo o Cururu uma cantoria de influências portuguesas ,africanas e indígenas. É uma dança paulista, goiana e do Mato Grosso .Há também no cururu a presença do desafio que é praticado por dois violeiros. Essa prática do desafio no cururu era muito praticada no interior paulista, região de Sorocaba e Piracicaba. Anteriormente era dançada nos templos.Mais tarde foi transportada para o domicílio do festeiro, onde se coloca um altar com o Santo Padroeiro do respectivo culto.É dançada exclusivamente por homens. O seu local de maior difusão e realização é o Estado do Mato Grosso.

INSTRUMENTOS MUSICAIS:Os instrumentos acompanhantes são os seguintes: violas, com cinco cordas duplas, adufe(tipo de Pandeiro) e pôr fim o reco-reco. O músico é o “instrumentalista”, e Cururuzeiro é o cantor do Cururu. Cantam de dois, sendo que um dos companheiros faz a segunda voz.Cantam quadras, sextilhas, décimas, liberdade de ritmo, apenas fiel à viola.O combate poético deve ser bem policiado, pois é dedicado a um santo.No glossário do cururu encontramos: 1. Canotio; contando-se de baixo para cima, a quarta corda da viola. É a corda chave , pois ela é que dá a zoada, o repicar da viola.2. Canturiano - é um bom cantor, experiente na função.3. Canturino é o cantor iniciante.4. Carreira - conjunto de versos com temas de santidade. Uma carreira pode versar sobre o nascimento, vida, padecimento de um santo, sendo muito comum também carreiras sobre a criação do mundo

catira

Catira
ou
cateretê

HISTÓRICO:A Catira pode ser considerada como autêntica dança brasileira.De nome e origem indígena . E uma espécie de sapateado brasileiro executado com "bate-pé" ao som de palmas e violas.Antes era uma Dança mais restrita aos homens, mas atualmente é praticado também só por mulheres ou acompanhadas pelos homens. Também conhecido como Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala no nordeste.
A FESTA:A dança da Catira está sempre presente quando temos manifestações culturais como a Folia de Reis, a Festa do Divino assim em qualquer outra reunião festiva. A catira inicia-se :
O Canto intitulado de “cabeçalho”, (saudação que se faz aos violeiros), entoando a mesma melodia da moda ao som do palmeado e do sapateado. Neste início os catireiros e os violeiros formam uma grande roda, continuando sapateando e palmeando, em círculo. Quando a roda se completa, há o retorno também em forma de círculo, com a mesma coreografia. Cada um volta para o seu lugar, os violeiros iniciam a moda. Quando esta termina os violeiros começam rasquear as violas, momento quando tem início o recortado. As cantorias são um tipo de moda de viola entoadas,geralmente,por dois violeiros. A temática enfocada pode ser relacionada ao dia-a-dia,trabalho, amores, saudades, lugares, etc.A coreografia da dança é mais ou menos fixa. Há poucas variações de uma região para outra. A dança da Catira é apresentada com a participação de dois violeiros e dez dançadores. A catira finaliza sempre com o “recortado”, uma letra marcada pelo caráter de humor. No recortado, dispostos em duas fileiras, frente a frente como durante a apresentação da moda, os catireiros, acompanhados dos violeiros, trocam de lugar a cada estrofe da moda, até que os violeiros cheguem à extremidade oposto do início. Quando chegam aos seus lugares primitivos é sinal que a dança chegou ao final.

Dança do Jongo


Dança do Jongo


ORIGEM: O Jongo é uma Dança de origem africana,possivelmente do Povo oriundo de Angola,da qual participam homens e mulheres,possivelmente quer dizer divertimento.O canto tem o papel fundamental, associado aos instrumentos musicais e dança.Alguns pesquisadores classificam-no como um de "tipo de Samba" mais antigo, seria ele que daria mais tarde origem ao Samba.Em alguns locais o nome pode variar como Caxambu,Dança do Jongo, Bambelô ,dentre outros.


A FESTA: É uma música feita para dançar, e fundamenta-se com o "ponto", ou seja, a pessoa tem que "desamarrar"(decifrar) o "ponto".O "ponto" seria uma espécie de adivinha, onde o verso cantado não expressa de forma muito clara o que se trata, e é preciso descobrir para saber do que fala a música.Exemplo de uma crítica feita a um chefe político:
"Tanto pau de leique tem no mato,imbaúba é coroné."
A explicação do "ponto" é que no meio de muita gente boa que existe,foram escolher logo o "coronel" que não é bom,para um cargo tão importante.Segundo a comparação da música:Pau de Lei: Gente boa, e Imbaúba: Imbaúba ,é uma arvore cuja a madeira é ôca sem muita serventia,gente ruim.Na maioria das vezes a música é cantada por duas vozes ,ou três vozes.Em alguns locais é comum as pessoas participantes do Jongo dançarem ao redor dos instrumentos, noutros lugares dançam em frente aos instrumentos,sendo a que é uma dança de roda que se movimenta de forma contraria ao ponteiro do relógio(sentido anti-horário) coisa pouco comum,como passos para frente,pulos,giros ,etc.



INSTRUMENTOS MUSICAIS:Na Dança são utilizados os seguintes instrumentos musicais:Da esquerda para direita: 1.Atabaque Guanazamba. 2.Guaiá.3.Atabaque Candongueiro.4.Puíta,cuíca.5.Atabaque Cazunga
1.Atabaques(Três a quatro),recebem uma grande variação de nomes como:Tambor,Angona,Candongueiro,Cadete,Pai João,Pai Tôco, etc.Ele é dividido em :Guanazamba,Pai João,Pai Tôco,Tambor : É o maior te todos ,é um pedaço de madeira que por meio de fogo é deixada ôca ,de um lado a outro,com aproximadamente 100cm a 120 cm de comprimento e um diâmetro de aproximadamente 40 cm,numa das extremidades é colocado o couro de boi(na maioria das vezes) e a outra fica livre.A forma como é tocado consiste em deitar horizontalmente o atabaque no chão sentasse nele e bate com as mãos no couro.Candongueiro,Joana,Angona: Um pouco menor, mede 80cm a 100cm e 30cm de diâmetro,é tocado por pancadas suaves das pontas dos dedos,para produzir um som mais agudo,tipo "arranhado",é tocado do mesmo modo da Guanazamba.Cadete:Terceiro maior mede 50cm a 60 cm de comprimento e 20 cm de diâmetro,é tocado do mesmo modo da Angona,é tocado do mesmo modo da Guanazamba.Cazunga: É o menor dos quatro possui.Único que não é tocado deitado ao chão, pois fica pendurado no corpo do tocador por alças.2.Puíta,cuíca: Instrumento de aproximadamente 30cm de comprimento e aproximadamente 15cm a 20cm de diâmetro, é uma madeira ôca,em uma das extremidades é coberto com o couro , no centro deste couro é amarrado uma haste de madeira,bem lisa de aproximadamente 30cm de comprimento.É tocado colocando o instrumento entre os joelhos pressionando-o, e com um pano molhado esfrega a haste tirando o som, ou também coloca-se a mão sobre o couro,externamente, resultando sons diferentes.3.Guaiá,chocalho: Pequeno recipiente de metal ôco (é um chocalho, assemelha-se a uma caneca fechada, tendo até uma alça para segurar) , que contêm no seu interior chumbo,pedrinhas,sementes ou outra coisa que sirva para provocar o som a que se destina.Sua função na música é apenas de marcar a mudança de canto, para "desatar" o "ponto" que esta sendo dançado.

CONGOS

Congos

Histórico:A sua Origem segue de 1482 com o Império do Congo, um dos Impérios negros mais importantes de todos os tempos.Com o contato com Portugal o Império foi ruindo pouco a pouco ,até a decadência do Império,que se deu através de uma grande guerra contra o Império de Portugal ,ficando assim ao Título de Rei de Congo equivalente ao poder do povo negro que lutou bastante contra Portugal. No Brasil está presente desde os tempos da escravidão, quando os negros passaram a estimar ainda mais sua força.
Além de reminiscência de rituais africanos de coroação,tendo também influências dos Reinados e Impérios da Europa Medieval.

No Brasil Colônia e Império não eram somente figuras ornamentais,como alguns o encaravam.A sua função era muito séria, consistia em interceder junto aos outros negros como maior membro da irmandade,essas intervenções consistiam em organizar os negros, e muitas vezes liderar rebeliões.


EMBAIXADAS E BATALHA: Aparece juntamente com parte do Congo em algumas Regiões do Brasil, em outras aparece como um auto separado com um nome distinto:Congada.É originária de fatos Históricos de duas naturezas:

A primeira:Mais antiga,refere-se às batalhas e embaixadas trocadas trocadas pelos antigos Reinos do Congo e de Angola, no tempo da Rainha Ginga e do Rei Henrique Cariongo.
Tem seu conflito central no típico mito-herói africano: morte e ressurreição.

A segunda: Introduzida pelos missionários cristãos,tem como referência a lenda de Chanson de Roland, epopéia nacional francesa que descreve a batalha de Roncesvales,ocorrida há mais de mil e duzentos anos, nas proximidades entre a atual fronteira da França e Espanha.



Personagens e Vestimentas:Os Personagens e as vestimentas(cores e apetrechos)podem variar conforme a região,mas na sua maioria é composta da seguinte forma:O Cortejo segue a seguinte formação(podendo variar):

1º Espantão
2ºno centro, o Rei e Rainha, atrás deles o Mestre e o Contramestre
3ºde cada lado as Figuras- lideradas pelo(s) Embaixador(es)
4ºao lado do cortejo vão os músicos e a banda cabaçal e o violeiro.



Rei: Veste roupa branca com detalhes dourados,com espada numa das mãos e coroa na cabeça.

Rainha:Veste roupa branca ou tons rosáceos,coroa na cabeça.



Espantão: Conduz na mão uma vara(muitas vezes benzida pelo padre)enfeitada de fitas, como um mastro.Tida como sagrada nunca é substituída,sendo sempre a mesma a cada ano.



Mestre: Principal responsável pela festa, ele organiza o Congo, e conduz todos os brincantes.Conduz um apito numa das mãos e uma espada na outra.



Contramestre: Veste-se como o Mestre, possui quase a mesma função do Mestre ,porém só é exercida quando o Mestre esta participando diretamente da brincadeira(dançando).



Embaixadores:Recebem este nome, pois são utilizados para falar e levar mensagens aos Reis.Veste-se como o Mestre,um ou mais, e têm a função de liderar os brincantes,podendo vir a substituir o Mestre ou o Contramestre no desenrolar da festa.



Figuas: Todos portam espadas e vestem-se como o Mestre.






A FESTA:Os Congos são compostos na sua maioria por homens, apenas a Rainha é uma mulher,para ingressar nesta brincadeira há duas maneiras, uma de livre escolha e a outra a mais comum é a forma de pagar uma promessa , que na maioria das vezes é feita para Nossa Senhora do Rosário.

A influência Européia em uma manifestação ,que inicialmente era só de negros ,pode ser evidenciada nas solenidades que ocorrem nas Igrejas, e principalmente o padrão de Império:Composição da Corte,trajes dos soberanos,comprimentos aos Reis, espada e cetro.

Primeiro há ensaios, e no dia da festa os "brincantes" como são chamados os participante, reusem-se na casa do Mestre,ou de um outro brincante, onde o figurino está guardado,vestindo-se saem pelas ruas .
Nas marchas em cortejo e nas batalhas de espadas(ou jogo de espadas, também chamado de esquilânio)sempre acompanhados por uma músicos( com Pífanos, violão,zabumba,caixa, ou outro instrumento percursivo. A dança obedece a quatro passos obrigatórios e únicos:



A Dança de lado,Dança de frente, Ginga e a Corta tesoura.As musicas podem sofrer mudanças .
Durante as marchas de cortejo cantam a seguinte musica:exemplo da Cidade do Cariri(povoado de Milagres).

Pretinho de Congo
Para onde vai
Vamos pro Rosário
Para festejar.
Festeja, pretinho
Com muita alegria
Vamos pro Rosário
Festejar Maria.

Reis de Congo anda em peleja
para festejar seu dia.
Eu também ando em peleja
Para festejar Maria.


Ao chegarem na Igreja:

Viva que viva
O Rosário viva!
Ó que viva,ó que viva
O Rosário viva!


Após cantam o Bendito:

Mestre: Meu Deus,que luz é aquela?(bis)
Botai-me naquela luz .(bis)
Coro: São os Congos do Rosário.
Vamos festejar Maria.
São os Congos do Rosário.
Vamos festejar Jesus.
Ao entrar na Igreja ,cantam outro Bendito:
Entremos,entremos
nesse jardim tão cheiroso.(bis)
É do nascimento
nosso Redentor.(bis)
Entremos,entremos
no jardim para adorar.
pro meu Jesus
em seu trono assentar.

Ao pé do altar:

Mestre:

Viva Maria,mãe singular (bis)
Rainha do Céu de Potugá.
O Rei da Glória,do Marajá(bis)
Viva Maria, mãe 'quelemente'
--------------------- (clemente)
Rainha do Céu tão paciente.
Espero da Senhora um bom perdão
e do Rei da Gulora(glória) a salvação.

canta outra música

Lá no Céu apareceu,ó Senhora
Um sinal do meio- dia.
Tudo é porque não se reza,ó Senhora
O Rosério de Maria. (bis)


E mais outra música

A igreja é casa santa
onde Deus faz a morada,
Onde mora o cálix bento
onde mora o cálix bento
e a hóstia consagrada
As estrelas do céu correm
eu também quero correr.
Elas correm atrás da Lua
eu atrás do bém-querer.






Após, é celebrada a missa, acompanhada pelos Congos,onde o Rei e a Rainha sentam-se em cadeiras arrumadas que equivalem a tronos.

Com o termino da missa, os Congos se dirigem para o adro da Igreja onde jogam espadas e dançam e cantam.

Dança de São Gonçalo

Dança de São Gonçalo
Histórico:No Brasil o início do culto a São Gonçalo do Amarante data aproximadamente ,da época em que os primeiros portugueses chegaram no Brasil. Neste período Portugal voltava seus olhos para este Santo que havia falecido em 1262 e foi canonizado em 1561,que ainda não havia sido beatificado,mas que já havia muitos milagres atribuídos a ele.O rei de Portugal D. João III, um grande devoto,foi um dos primeiros a empenhar-se para a beatificação de São Gonçalo em Roma.Em Portugal a sua festa é realizada em Amarante,no dia 7 de Junho.No Brasil fazem festa para o Santo oferecendo uma dança,Cerimônia que ocorre sempre, na maioria das vezes, por pagamento de promessa.Há muitas Lendas sobre São Gonçalo,dizem muitos que a sua dança vêm do começo do Mundo.Dizem também que ele foi muito farrista ,e para pagar suas dividas,dançava a noite toda com pregos nos sapatos,dizem também que era muito alegre,gostava de tocar viola,e por meio dos versos ensinava a Religião.Em algumas locais o Santo ( Imagem ) é representado da forma Católica , ou seja com a ausência da viola, no entanto as Imagens do Santo destinadas para o culto popular através da Dança de São Gonçalo é representada ,na grande maioria das vezes de duas maneiras:




1.São Gonçalo do Amará ( Amarante ):É representado à moda das vestimentas camponesa portuguesa da época, ou seja: calção preso pouco abaixo do joelho,meia preta ,bota braguesa (para andar em local úmido)chapéu na cabeça,capa azul nas costas e viola na mão.A justificativa encontrada para a representação do Santo com estas vestes ,deve-se ao período que estava em construção uma ponte na região onde viveu, ele ajudava na construção e após ia tocar viola para a conversão dos "pecadores", e não tinha tempo de trocar de roupa.



2.São Gonçalo Padre: É representado de batina,crucifixo no pescoço,chapéu de padre,sapatos(que não eram sapatos comuns, pois tinham pregos que furavam seus pés e servia de penitência durante a celebração de sua missa,onde cantava, tocava e dançava ) e viola.


As Imagens de São Gonçalo,na sua grande maioria, apresentam fisionomia de alegria,que segundo o povo era a marca registrada de São Gonçalo.Exemplo de um trecho de música que afirma a sua alegria:
"São Gonçalo está no artá,com sua linda formusura,quem beijá o São Gonçalotem a sarvação segura."
A Festa: São vários os nomes dados ao culto de São Gonçalo pelo Brasil:Romaria de São Gonçalo,Voltas a São Gonçalo,Terço de São Gonçalo,Dança de São Gonçalo,Reza de São Gonçalo,Festa de São Gonçalo,Trocado para São Gonçalo,Roda de São Gonçalo.A Festa se dá na maioria das vezes sobre o seguinte acontecimento: Uma pessoa faz uma promessa ,e em agradecimento a graça alcançada convida amigos, vizinhos ,parentes e músicos(violeiros) ,para realizar a Dança.Em alguns locais a Dança é realizada em áreas abertas localizadas pertos das casas(Terreiro), dentro de casas ou em Capelas.Sempre com um altar armado para o Santo.A Dança acontece seguindo alguns padrões de respeito obrigatórios:* Só se pode dançar de frente para o Santo,mesmo saindo da Dança nunca ficar de costas para o Santo.* Evitar conversas,risos,e demais barulhos .* Deve-se cumprimentar o Santo ao sair da Dança,faz-se um Sapateado ,finalizando beijando o Santo,o Altar,ou as fitas que enfeitam o seu altar.* Os violeiros ficam entre duas filas de dançarinos,uma de homens e outra de mulheres,lado a lado (a maneira desta organização pode variar,dependendo da Região do Brasil.).

BUMBA-MEU-BOI

O Bumba-Meu-Boi
Histórico : Existem duas correntes de estudiosos que defendem o surgimento do Bumba meu boi , uma diz que teria nascido de escravos e gente pobre agregados de engenhos e Fazendas ,trabalhadores da roça e de pequenos ofícios das cidades interioranas, por vota das ultimas Décadas dom Século XVIII.Sem nenhuma participação feminina pelas circunstância sociais da época.
Para outros estudiosos , a "mãe" do Bumba meu boi brasileiro está ligada a alguns elementos orientais e europeus do Boi-de-canastra de Portugal,mas sem enredo nem declarações e sim ação lúdica.
O bumba-meu-boi é uma das mais ricas manifestações do folclore brasileiro este nome Bumba , uma interjeição onomatopaica que indica estrondo de pancada ou a queda ( bumba-meu-boi: bate! ou chifra, meu boi), ou da nossa cultura popular, é o Folguedo de maior significação estética e Social do Brasil e foi o primeiro a conquistar a simpatia dos indígenas durante a catequese.Tal como ocorre no Brasil não é visto em outro lugar,salvo na África ,para onde imigrantes brasileiros o levaram.Denomina-se no Daomé: Burrinha,com características diferentes da brasileira.A referência escrita mais antiga feita no Brasil sobre o bumba-meu-boi foi feita pelo Padre Miguel do Sacramento Lopes Gama (1791-1852), no Periódico(jornal) "O Carapuceiro" de 11 de Janeiro de 1840(Recife).
A FESTA DO BUMBA-MEU-BOI : É uma espécie de ópera popular, cujo conteúdo varia entre os inúmeros grupos de bumba-meu-boi existentes mas, basicamente, desenvolve-se em torno da lenda do fazendeiro que tinha um boi de raça, muito bonito, e querido por todos e que, inclusive sabia dançar.
Na fazenda trabalhavam Pai Chico, também chamado negro Chico, casado com Catirina, os vaqueiros e os índios.Catirina fica grávida e sente desejo de comer a língua do boi. Pai Chico fica desesperado. Com medo de Catirina perder o filho que espera, caso o desejo não seja atendido, resolve roubar o boi de seu patrão para atender ao desejo de sua mulher.
O fazendeiro percebe o sumiço do boi e de Pai Chico e manda os vaqueiros procurá-los, mas os vaqueiros nada encontram. Então o fazendeiro pede para os índios que ajudem na procura. Os índios conseguem encontrar Pai Chico e o boi, que neste intervalo havia adoecido. Os índios levam Pai Chico e o boi à presença do fazendeiro, que interroga Chico e descobre porque ele havia levado o boi. Os pajés (ou doutores) são chamados para curá-lo, e após várias tentativas conseguem curar o boi, que se levanta e começa a dançar alegremente. Então o fazendeiro perdoa Pai Chico e tudo termina em festa. Na outra história bastante comum na Bahia o boi não revive e seu corpo é partilhado. No bumba-meu-boi não existe época para a realização da festa , esta data varia muito de região para região , e até mesmo na região.
Uma vez convidado, o grupo apresenta-se defronte a casa de quem o convidou . A apresentação começa um pouco antes da casa, quando o amo do boi canta a toada inicial, chamada Guarnecer, organizando o grupo para a apresentação. Depois do Guarnecer, é a hora do Lá Vai, que é uma toada para avisar o dono da casa e demais que o boi já está indo. Depois do Lá Vai, e cantada a Licença, quando o boi pede licença para se apresentar. No decorrer da apresentação cantam louvores a São João, São Pedro, ao boi, ao dono da casa e vários outros temas, como a natureza, lendas da região, amores, política, etc. Em determinado momento começa o auto, quando apresenta a história básica de Catirina e Pai Chico, que no entanto pode variar muito de um grupo para outro. Também é cantado o Urra do boi e a toada de despedida, e a apresentação termina. As apresentações sucedem-se até por volta do mês de setembro, quando ocorre a morte do boi. Para a morte do boi, é preparado um grande mourão no centro do terreiro, todo enfeitado. Defronte ao altar de São João, reza-se a Ladainha .
A matança do boi dura três dias ou mais, com muita festa e dança. No final o boi é morto simbolicamente, onde o vinho representa o seu sangue. O "couro" que envolvia a armação de madeira é retirado. Para o próximo ano, outro "couro" será bordado, novas toadas serão compostas e o ciclo recomeça.
PERSONAGENS E VESTIMENTAS : Existem vários personagens e variam bastante entre os diferentes grupos, mas as principais são as seguintes:
Amo ou Fazendeiro: representa o papel do dono da fazenda, comanda o grupo com auxílio de um apito e um maracá (maracá do amo) canta as toadas principais;
Pai Chico: empregado da fazenda, ou forasteiro, dependendo do grupo, rouba ou mata o boi para atender o desejo de mãe Catirina. O papel desempenhado por esta personagem varia de grupo para grupo, mas na maioria das vezes desempenha um papel cômico;
Mãe Catirina : mulher do pai Chico, que grávida deseja comer a língua do boi. Coloca enchimento na barriga para parecer que está gestante;
Boi : é a principal figura, consiste numa armação de madeira em forma de touro, coberta de veludo bordado. Prende-se à armação uma saia de tecido colorido. A pessoa que fica dentro e conduz o boi é chamado miolo do boi;
Vaqueiros: são também conhecidos por rajados. Nos bois de zabumba são chamados caboclos de fita. Em alguns bois existe o primeiro vaqueiro, a quem o fazendeiro delega a responsabilidade de encontrar pai Chico e o boi sumido, e seus ajudantes que também são chamados vaqueiros;
Índios, índias e caboclos:tem a missão de localizar e prender pai Chico. Na apresentação do boi proporcionam um belo efeito visual, devido à beleza de suas roupas e da coreografia que realizam. Alguns bois, principalmente os grupos de sotaque da ilha, possuem o caboclo real, ou caboclo de pena, que é a mais rica indumentária do boi;

Burrinha : aparece em alguns grupos de bumba -meu-boi, trata-se de um cavalinho ou burrinho pequeno, com um furo no centro por onde entra o brincante, a burrinha fia pendurada nos ombros do brincante por tiras similares à suspensório;
Cazumbá : Personagem divertido, as vezes assustador, que usa batas coloridas e mascaras de formatos e temática muito variada. Não são todos os grupos de bumba-meu-boi que possuem cazumbás;

INSTRUMENTOS MUSICAIS :

O bumba-meu-boi formou-se através da união de alguns elementos culturais europeus, africanos e indígenas. A maior ou menor influência de uma das culturas pode ser percebida através dos instrumentos, vestimentas, dança, coreografia, instrumentos e ritmo dos grupos de bumba meu boi. Este conjunto de fatores, principalmente o ritmo define o que convencionou-se chamar sotaque do grupo.
A maior influência indígena , pode ser percebida nos bois da ilha, ou bois de matraca (sotaque de matraca). A influência da cultura africana predomina no chamados bois de Guimarães, ou bois de zabumba (sotaque de zabumba).
A cultura européia é melhor percebida nos chamados bois de orquestra (sotaque de orquestra).
No entanto como a criatividade corre solta dentre os grupos de bumba-meu-boi e novos grupos surgem freqüentemente, os sotaques também vão mudando e novos sotaques vão surgindo. Não existem dois grupos de bumba-meu boi com o sotaque exatamente igual.
Os bois de influência predominantemente indígena, bois de matraca, utilizam mais os seguintes instrumentos:
Maracá : instrumento feito de lata, cheio de chumbinhos ou contas de Santa Maria. É um instrumento de origem tanto africana como indígena;
Matraca : feita de madeira, principalmente pau d'arco, é tocada batendo-se uma contra a outra;
pandeirão : pandeiro grande, coberto geralmente de couro de cabra. Alguns tem mais de 1 metro de diâmetro e cerca de 10 cm de altura. São afinados a fogo.
tambor onça : É uma espécie de cuíca, toca-se puxando uma vareta que fica presa ao couro e dentro do instrumento. Imita o urro do boi, ou da onça.
Os bois de zabumba utilizam principalmente:
maracá : instrumento feito de lata, cheio de chumbinhos ou contas de Santa Maria;
tamborinho: pequeno tambor coberto de couro de bicho, o mais comum é usar couro de cutia, é tocado com a ponta dos dedos;
tambor onça : É uma espécie de cuíca, toca-se puxando uma vareta que fica presa ao couro e dentro do instrumento;
zabumba: é um grande tambor, conhecido também como bumbo, é um instrumento tipicamente africano;
tambor de fogo: feito de uma tora de madeira perfurada à fogo e coberto por um couro cru de boi preso à tora por cravelhas. É um instrumento tipicamente africano;
Os bois de orquestra tem instrumentação muito variada, utilizam instrumentos de sopro como saxofones, trombones, clarinetas e pistões; banjos, bumbos e taróis, também maracás e outros.

DANÇAS

Bumba-Meu-Boi
Dança de São Gonçalo
Congo
Dança de Jongo
Dança Catira

Dança Cururu
Capoeira & maculelê
Dança Caiapó
Quadrilha Junina
Moçambique ou Dança de São Benedito

Marujada ou Chegança
Afoxé
Baião
Fandango

Calango

Carimbó
Chimarrita

Samba
Frevo
Chula

Suça
Xaxado

Forró
Retumbão
Siriri
Coco

Maracatu
Boi Bumbá

O que é Folclore?


O que é Folclore?

A formação Artística divide-se em duas correntes a Erudita: de Caráter acadêmico, são as Artes Plásticas Propriamente ditas: Pintura,Escultura, Arquitetura ,Teatro , Musica e Dança . E manifestações que expressão elementos artísticos sem influência acadêmica,são tradições culturais transmitidas na grande maioria das vezes de forma oral , é o Popular: manifestações folclóricas como: Danças, Musicas, Religião, Festas, Brincadeiras infantis , Típicas, superstições, lendas, mitos dentre outras. O Folclore é : O conjunto de manifestações de caráter popular de um povo, ou seja é o conjunto de elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicional destas representações, sempre transmitidas de uma geração para outra através da prática(os pais ensinam aos filhos, que desde pequeninos já praticam). O folclore varia bastante de um Pais para o outro, e até mesmo dentro de um Estado é bastante variável,pois as diferenças entre as regiões são muito grandes.No caso do Brasil o folclore foi resultado da união da Cultura a partir da miscigenação de três povos (Europeu, Africano, Ameríndio ). O que resultou é que em muitas regiões brasileiras o folclore é muito diferente, pois devido as influências de cada um destes povos formadores do Brasil, algumas regiões apresentam uma maior tendência a uma origem mais detalhada, por exemplo, no Nordeste na zona Litorânea as presenças das influências indígenas, Portuguesas e negra são que quase igualadas, já mais para para o Sertão a presença da Cultura negra não é muito marcante como no litoral . Lembrando que as manifestações folclóricas brasileiras, na sua grande maioria são manifestações de caráter de um povo mestiço, ou seja sofrem influência de diversas raças,mas apresenta características próprias e que também a grande maioria são manifestações completas em caráter artístico pois possuem elementos do Teatro, Dança, Musica e Artes Plásticas.O termo Folk-Lore foi empregado pela primeira vez em 22 de agosto de 1846. Donde fica agosto consagrado ao Folclore. Cultura, antropologicamente, é tudo aquilo que o homem faz, material e não materialmente, excluídas as necessidades fisiológicas. Também de difícil conceituação é a palavra povo. Aqui deve ser tomado como todos os participantes de uma comunidade. Folk-Lore, por ser formado de termos de duas línguas diferentes, leva a equívocos. Folk quer dizer povo; lore, o saber, o conhecimento, o costume. Pode-se afirmar: Folclore é o saber vulgar do povo. Não transmitido através de escolas e nem de livros e sim por imitação ou por força de tanto ver e ouvir. Para ser determinado como Fato inteiramente folclórico:a) ser transmitido oralmente, de boca em boca, e não por meios eletromecânicos, como rádio, disco e livro.b) ser social, praticado por muitos e não por uma só pessoa.c) ser espontâneo, livre. Quando o professor dá um provérbio para ser analisado sintaticamente pelos alunos, aí não há o fato folclórico. já quando dito pelo mesmo professor ou pelos anos, espontaneamente, para explicar ou justificar um fato, nesse caso há o fato folclórico.d) ser anônimo, não se conhece o autor de superstição,de uma dança popular, de um provérbio ou adivinhas.